Qual melhor programa para trabalhar com edição de partitura?
Profissionalmente o programa mais utilizado é o Sibelius, desenvolvido pela AVID – a mesma desenvolvedora do ProTools.
Eu tinha resistência ao uso de um programa pago, que só funciona integralmente em versões atualizadas, e que atua atualmente por assinatura, mas quando visitei um laboratório de criação composicional nos Estados Unidos, compreendi porquê o Sibelius é o editor mais utilizado.
São muitas as vantagens perante os concorrentes, e veja só, não estou considerando aqui o programa que os estudantes de música mais utilizam por aqui, o MUSESCORE.
Os programas concorrentes em nível profissional são o FINALE e o DORICO, esse último que desconheço pessoa que o utilize no Brasil. Finale ainda temos profissionais que utilizam.
O Sibelius, que testei em comparação ao Finale – programa que eu utilizava antes da visita aos Estados Unidos, é muito mais rápido, e ágil. No começo, evidentemente, a adaptação foi demorada, conhecia a fundo os atalhos do outro programa, e até reaprender tudo, demorou um tanto.
Confesso aqui também que quase a totalidade da minha obra foi composta com lápis, borracha e papel de partitura. E que aprecio que saibamos ouvir a música na cabeça antes de apertar seguidamente o espaço para executar o que está pautado. Mas vejo vantagens imediatas.
DAW de gravação que possui partitura passa longe da qualidade de um programa de edição. Hoje praticamente todos os programas possuem um plugin de partitura, mas não dá para misturar os polos.
O Sibelius importa em arquivo de áudio, em midi, possui timbres honestos para apreciação de uma obra para um cliente, se articula com bons programas de timbre – como o noteperformer; e possui ótima resposta para as articulações e expressividades que pautamos em partitura.
Eu não ganho nada em indicar o Sibelius. Indico por pensar em você profissional, ou estudante que pretende se profissionalizar.
Até já.
