Educação musical no Brasil em uma abordagem franca – parte 12

Como conservar um ambiente saudável em educação musical?
Cursos Técnicos

Educação musical no Brasil em uma abordagem franca – parte 12

Sou contra avaliação por nota para qualquer atividade artística.

Chegamos em cursos de música, mesmo que na faculdade, em níveis diferentes. A régua nunca é a mesma, e nunca é justo com um programa de aprendizagem, avaliar sobre a mesma perspectiva todos os estudantes.

Para mim avaliação é aprovado ou reprovado. Ainda que existam professores sérios, o método de avaliação tradicional observa a linha de chegada, não as conquistas que os estudantes tiveram ao longo do curso.

Veja que uma situação avaliativa me prejudicou. Mas acima disso, pense que um aluno pode chegar com o conhecimento em 80%, por um trabalho prévio que fez. Na prova tirou dez. Parabéns, evoluiu para complementar os 20% que faltava. E outro aluno chegou com conhecimento perto do zero, e tirou nove na avaliação. Quem aprendeu mais?

Então. A primeira vista quem tirou dez parece melhor. Mas me interessa como educador mais quem aproveitou mais o curso.

Bani avaliações quantitativas dos programas que coordeno.

Professores que tem vinte encontros para trabalhar todo conhecimento com seus estudantes, realizam quatro avaliações, justificam a aula anterior a prova como preparação ou revisão para a prova, e a aula seguinte como correção da prova.

Perdem doze encontros onde poderiam praticar, desenvolver os alunos, com algo que nada serve, a não ser ilustrar históricos escolares, e mostrar uma competição irreal.

Meus colegas de contraponto daquela oportunidade tem dez no boletim, eu cinco. E isso não confere realidade. Ou nesse caso, conhecimento.

Pós Graduação