Em 1999 comecei a procurar por faculdades de música. Para tanto no final desse mesmo ano, morando em São José dos Campos, decidi me matricular em um programa técnico em música – como contrapartida em estar cursando técnico em administração de empresas.
Comecei bem o programa, que bem, já era um tanto ultrapassado, pensando o mercado de trabalho ao qual um curso técnico teoricamente tem demanda de preparar. As aulas eram básicas: canto coral, percepção – rítmica com Pozzoli, teoria e harmonia.
Um conglomerado de assuntos batidos e que pouquíssimo tinha a ver com a profissionalização que esperava, como pelo menos conhecer o mercado.
No segundo ano do curso, estava me formando em Administração, algo que levou tempo com estágio e Trabalho de conclusão de cursos, e perderia as atividades de fim de ano do curso técnico em música – tinha uma programação cheia, e pedi adiantamento da semana de provas.
Sempre fui um bom estudante, e cursava naquele tempo violão popular ou guitarra. Tinha minhas lições em dia, e já tinha passado por uma troca de professores por questões da direção do técnico em música. E simplesmente, o diretor do curso técnico não autorizou que adiantasse as provas, que se não fosse para as provas perderia o ano. Se recusando até a me levar a recuperação.
Passei aí a conhecer os falsos educadores, músicos frustrados, gente que leciona para ter um pouco de dignidade, e com uma inveja sobrenatural tem a vontade de prejudicar estudantes, que em pouco tempo tornar-se-ão colegas de trabalho.
Esse diretor, um mau violonista erudito, que chegou a lecionar um instrumento complementar para mim, que escolhi cavaquinho, proibiu realizar a prova fora de semana. Me reprovou sem chance de procurar segunda chamada. Infelizmente tive que abandonar o curso técnico em música que esperava terminar, contribuindo com minha profissionalização.
Triste fim, a instituição desse cidadão acabou, e para mim não foi surpresa alguma.
