Educação Musical no Brasil em uma abordagem franca – parte 24

múscia erudita
Cursos Técnicos

O mesmo personagem em outro momento.

Vide que já há sete ou oito edições sou o educador brasileiro responsável por ensinar sobre a música do Brasil – quanto à improvisação, quanto à práticas interpretativas e composicionais da música brasileira no CONGRESSO LATINO AMERICANO DE ESCOLAS DE MÚSICA.

Na primeira edição que fui convidado a participar, havia já ali um educador brasileiro que não é especialista em música brasileira, e nem a faz em seu trabalho artístico a música de nosso país. Eu iria gerir práticas de conjunto, foi a função para que fui convidado. Preparei minhas aulas, e meu espanhol já que quase a totalidade dos instrumentistas que eu lecionaria eram latinos. O educador que menciono, não participaria mais ativamente. E só.

Em cinco dias consegui desenvolver o trabalho que iria realizar, e em todas as minhas atividades me surpreendeu, no entanto, que o diretor artístico do congresso do projeto acompanhava meu trabalho. Todos os ensaios lá ele estava. Não me parecia comum.

Ter segurança e controle no que se faz é fundamental, como mencionei em outros momentos as atividades letivas são ferramentas adquiridas em anos de pesquisa e preparação docente. E embora alertado, fiz meu trabalho.

Me surpreendi que no recital final, o diretor artístico colocou a banda que eu dirigi para fazer a finalização do evento. Eles tocaram muito bem dois arranjos que fiz especialmente para eles. E fomos a banda mais elogiada na confraternização final.

No dia seguinte, fui escalado para levar o diretor artístico em alguns pontos turísticos de São Paulo, fomos a uma roda de choro, compramos instrumentos típicos brasileiros para seu filho que é percussionista, e fomos almoçar em um restaurante que servia uma boa feijoada por aqui.

No meio do papo do almoço, o diretor me perguntou o motivo daquele músico que citei ali em cima, meu colega então, ter advertido o diretor sobre a qualidade do meu trabalho – que o músico me considerava incompetente, e que meu trabalho demandaria acompanhamento de perto. Imagina. Querendo me prejudicar novamente?

Estava ali o motivo do diretor artístico ter estado todos os dias acompanhando meus ensaios. E, por fim, o diretor artístico disse que não entendeu o comentário daquele músico por ter achado meu trabalho com música brasileira o melhor que ele já viu, incluindo docentes de música brasileira de onde ele lecionava.

Tive que explicar de maneira didática.

Mais uma vez esse músico – um colega então, parecia – tentou descontruir quem eu sou gratuitamente. Perdeu de novo, claro. E o testemunho desse diretor artístico me deixou muito magoado, levei imediatamente ao diretor geral do congresso. Que situação absurda.

A partir dali o diretor artístico exigiu minha presença onde fosse o evento. E cá estou tendo ido lecionar música brasileira em países como Colômbia, Peru, México, Argentina, República Dominicana, graças a minha competência e coleção de ferramentas, mas mais do que isso, ética e comprometimento. Não jogo esse jogo sujo. E o tiro saiu pela culatra mais uma vez.

Pude escrever para essa pessoa que deve ser difícil tentar me prejudicar o tempo todo e não conseguir.

Enquanto esse cidadão estava preocupado em me diminuir, deveria gastar um tempo lendo livros sobre ética, e principalmente educação musical.

 

 

Pós Graduação