Existe uma quinta tríade musical?

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Existe uma quinta tríade musical?

No princípio dos estudos dos acordes, da prática harmônica, conhecemos quatro espécies de tríade. Maior, menor, diminuta – compostas em escalas maiores, e a tríade aumentada composta na escala menor harmônica e melódica. Não existe até aqui uma quinta tríade musical.

A existência das tríades na forma que ensino está associada as práticas musicais. Posso então afirmar que existem três tríades de aplicação contínua – a tríade maior, a tríade menor e a tríade aumentada. Essa aplicação a que me refiro é direta, ou seja, a tríade como conjunto independente.

Aqui então já levantamos a existência da tríade diminuta nos dias de hoje. Normalmente a tríade diminuta, que foi amplamente usada na música renascentista, barroca e clássica, para a música popular – onde nasceu essa hipotética quinta tríade, tem utilização nula nos dias de hoje. Não se utiliza tríade diminuta e quanto ela está presente está composta com uma sétima menor ou sétima diminuta, sujeitando seu caráter a tétrade.

Ocorre que um determinado livro de harmonia que estudei a cerca de 15 anos propõe essa quinta tríade, ignorando até mesmo o argumento que propus do parágrafo anterior: A tríade como um conjunto que existe independente de sua sétima.

Essa hipotética quinta tríade teria terça maior e quinta diminuta. Na música popular brasileira particularmente desconheço a ocorrência dessa tríade isoladamente. E se composta com uma tétrade trata-se na verdade da substituição de uma nota de estrutura por uma extensão, sendo em um acorde maior ou com sétima maior ou com sétima menor.

  • Um acorde maior com sétima maior com a décima primeira aumentada como extensão.
  • Um acorde maior com sétima menor com a décima primeira aumentada como extensão.

Com certeza essa teoria da quinta tríade foi criada por um instrumentista das cordas – guitarrista ou violonista, ignorando que a tríade precisa ter existência prévia desassociada de sétima.

A quinta justa de todo modo é onipresente por ser primeiro harmônico de um som fundamental. Mesmo que a teoria tente descartar na prática o harmônico continua existindo. E a décima primeira aumentada é enarmônica da quinta diminuta.

Viu no instrumento disposto dentro do plano de uma oitava e considerou mudar a nomenclatura de décima primeira aumentada para quinta diminuta. Algo importante como fio da meada no estudo da harmonia está em independente da altura que a nota esteja ela preserva sua função perante o conjunto.

Mas existe uma quinta tríade musical?

Não, são apenas quatro tríades. Sustentar a tríade diminuta já está complicado para a música popular.

Simples assim, a teoria deve explicar a prática, se não há prática com a quinta tríade não há teoria, então não existe a quinta tríade. Trata-se de um erro de interpretação e de nomenclatura.

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