O que aconteceu com o ROCK no Brasil? Parte 2

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Vamos retomar o tema que tem tido buscas contínuas em nosso BLOG: O que aconteceu com o ROCK no Brasil? Já leu o primeiro artigo? Se não, clique aqui!

Outra tendência que podemos observar no Mercado Fonográfico Brasileiro para a questão , sem dúvidas, é o poder de fusão que o gênero, a se incluir como estilo, obteve no passar das décadas.

Precisaremos refletir sobre gênero e estilo, mas guardemos para outro momento.

Desde a década de 1960, quando a guitarra elétrica ingressou a MPB, gerando inclusive manifestações contrárias de expoentes da música brasileira, sorrateiramente a influência do ROCK se apossou de gênero seguido de gênero.

E o rock pode até não ser o protagonista, como nos tempos de outrora – em um saudosismo que não combina com os roqueiros -, mas está engendrado em muito do que ouvimos hoje no mercado fonográfico brasileiro e internacional.

Na ação da guitarra. Na forma em que se toca bateria. Até mesmo na maneira de se cantar.

MPB

O ROCK com um poder camaleônico está na MPB mais refinada, por exemplo, no Clube da Esquina que tem como protagonista Milton Nascimento – que admirava certas bandas do ROCK internacional, como mencionado no primeiro artigo.

O solo que buscava o ROCK talvez sem acerta-lo em cheio na canção “Caçador de Mim” do guitarrista Hélio Delmiro também representa essa micro fusão. Que se espalhou como um vírus em ambiente ideal. Um excelente vírus por sinal.

Braços abertos

O Rock expandiu seus braços para tudo, emprestou seus elementos. Fundiu-se. Está no que há de mais pop, no que há de mais nobre. Vide que ainda na década de 1990 não são exceções os grupos de AXÉ que tinham lá sua guitarra solo com muita influência ROCK.

Década de 1990: Sertanejo e Axé

Vejamos ainda na década de 1990, as duplas sertanejas que inseriram a guitarra como solista, como protagonista momentânea, e ali estava quem? A guitarra! Vide Evidências, um ícone do repertório sertanejo.

Essa influência é algo natural, afinal se você quisesse um guitarrista em sua banda, de qualquer representante do mercado fonográfico, naquele momento da história, qualquer que fosse o músico da guitarra sua formação flertaria primordialmente com o ROCK. Os guitarristas não vinham do blues ou do jazz, mais do que com qualquer outro o rock espalhou-se.

Se o ROCK não é protagonista ao menos está representado. E que pode ser um nicho de trabalho e tanto aos roqueiros de plantão. Se se espalhou como um vírus em certas questões da execução do instrumento, avalizemos reagindo como algo positivo, a música adere o que lhe concede valor.

#VemProSouzaLima

Falamos nesse artigo apenas sobre a guitarra, e há muito mais o que falar. Meu mestrado estudou o Mercado Fonográfico Brasileiro, e esses artigos temáticos são desenvolvimentos da dissertação.

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João Marcondes é compositor, arranjador, produtor musical e um dos maiores educadores musicais do Brasil. Possui mais de cinquenta livros lançados, metodologias completas, e cursos aprovados no MEC e Secretaria da Educação. É gestor educacional e empreendedor. Tem mais de mil artigos publicados falando sobre música. E aqui, no Blog Souza Lima mais de dez milhões de leituras em seus textos.