O que é barra de compasso?

barra de compasso
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O que é barra de compasso?

São linhas inseridas de maneira transversal em um pentagrama que delimitam os valores preenchimento propostos em uma fórmula de compasso.

Uma fórmula de compasso dois por quatro, o número de cima, o quantificador apresenta a quantidade de tempos – dois tempos, o número de baixo, o qualificador, apresenta a qualidade da figura que dura um tempo. Um compasso dois por quatro é preenchido com a proporção máxima de duas semínimas. A cada vez que essa proporção é obtida insere-se a barra de compasso. Observe:

Duas colcheias equivalem a uma semínima. 

Espécies de barra de compasso

Existem dois tipos de barra de compasso: a barra de compasso simples, com a primeira finalidade, e a barra de compasso dupla – que além de representar a totalidade obtida em uma fórmula de compasso representa a finalização de uma seção – sinônimo de parte de uma obra musical por arranjo ou composição. Observe a partitura:

 

Nos compassos 9, 17 e 25 se apresenta a barra dupla de compasso, marcando a finalização de uma seção musical. Essa obra é do meu primeiro disco, lançado em 2003, quando eu ainda tinha 19 anos. Dá para ouvir abaixo.

Qual origem da barra de compasso?

A origem da barra de compasso remonta aos sinais de respiração da escrita neumática que propunha uma pequena linha onde propõe-se uma respiração por parte do monge cantor. Uma espécie de vírgula – circular ou pequena transversal – ocupando a última linha de um tetragrama, ou ainda anteriormente, associado ao texto.

Esse tipo de marcação desconsiderava a totalidade de um compasso dado que a escrita das durações em uma partitura neumática era interpretativa e baseada em textos litúrgicos. Diferentemente da escrita com fórmula de compasso que respeita o pulso constante, e propõe por proporções o compasso, e a separação deles pelas barras de compasso.

E quanto ao tamanho do compasso?

A questão de visualidade é aconselhada de modo a manter certa lógica de proporção entre os compassos. Mas de fato, é possível encontrar compassos que ocupam o mesmo período musical em proporções diferentes por uma questão de economia de papel.

Em experimento realizado por mim com 40 estudantes, as partituras que possuem compassos em proporções menores e que ocupam o mesmo período musical, levam a equívocos de interpretação e erros de leitura. Na escrita musical contemporânea que não possui tanta limitação de matéria prima, sugere-se manter a proporção entre os compassos independentemente dos símbolos que estão aferidos.

Há a barra de compasso destinada a finalização, que tem a segunda linha mais preenchida e larga, mas é assunto para outra publicação!

Valeu o papo!

#VemProSouzaLima #FiqueEmCasa

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João Marcondes é compositor, arranjador, produtor musical e um dos maiores educadores musicais do Brasil. Possui mais de cinquenta livros lançados, metodologias completas, e cursos aprovados no MEC e Secretaria da Educação. É gestor educacional e empreendedor. Tem mais de mil artigos publicados falando sobre música. E aqui, no Blog Souza Lima mais de dez milhões de leituras em seus textos.