Qual a importância de tocar a música de outros artistas?
Primeiramente tocamos as músicas de outros artistas para constituir referência estética. Saber como a obra do outro se organiza contribui para que organizemos nossas obras em contexto e plano histórico.
Para mim nada mais frustrante do que considerar que sua obra está descontextualizada. E ainda pior perceber que sua obra é um eco de um plano histórico desconhecido para você até então.
É responsabilidade do criador convergir e divergir com certo controle. Compreendendo a música que fora criada outrora, convergindo de maneira plena ou divergindo de maneira autóctone.
A importância ade tocar a música de outros artistas é a mesma que de um escritor ter lido livros e mais livros de autores que parece convergir tanto quanto aos autores que pareçam divergir.
Em uma oportunidade de encontro, uma festa na casa de um amigo compositor, estavam diversos grandes nomes da música brasileira, esses tratados como referenciais, um deles, talvez o maior da ocasião, pegou o violão e tocou por cerca de uma hora boleros. Todos grandes boleros do repertório da música latino-americana.
Quantos boleros eram de sua autoria? Nenhum!
Sua obra é reconhecida por boleros? Não. Mas ele conhecia a fundo o tema bolero que fazia parte no momento das conservas entre petiscos e tragos. Ele não é o único a importância de tocar a música de outros artistas!
Prefiro não dizer quem é por respeito.
Eu, por exemplo, mergulhei em alguns autores em determinadas fases da minha vida. Em alguns gêneros em outras fases, mas sempre com o mesmo intuito: contribuir com a referência estética na formação do compositor!
Sabe?
No Souza Lima temos um programa chamado Letra e Música que busca discutir os valores mais puros da formação do compositor. Todo semestre ocorre. Tem duração de quatro meses e meio. E uma formação interessante e interdisciplinar segundo a palavra de estudantes que estiveram no programa. Saiba mais!
#VemProSouzaLima
