Qual a importância do conhecimento harmônico para o músico?
Nas formas de execução musical de prática livre, improvisada, para instrumentos com referencial harmônico, foi estipulado ao decorrer do desenvolvimento do mercado fonográfico formas habituais para a execução da harmonia. Você já conhece?
O Mercado Fonográfico teve seu início em nível mundial entre a última década do século XIX e a primeira década do século XX, fato ocorrido particularmente nas Américas, nas cidades de Chicago, Buenos Aires, Havana e Rio de Janeiro.
É verdade que a Europa pouco ou nada ligou para o fonógrafo de Tomas Edson?
Sim. Havia o hábito da Música de concerto consolidada. Para que haveria necessidade de uma máquina falante como o fonógrafo foi chamado primeiramente em um país onde se ouvia música como experiência presencial?
A partir do registro fonográfico formas de execução, antes transpostas pela oralidade se estabeleceram e se consolidaram. Como o violonista toca em um agrupamento de samba? Como um pianista toca em um agrupamento de big-band ou em um trio?
Essas informações estavam além da partitura como mecanismo de percepção.
Ostinatos de execução. Padrões melódicos e harmônicos. Tudo registrado em fonogramas!
Em pouco menos de 150 anos de mercado fonográfico os instrumentos e instrumentistas constituíram amplo legado.
Se para a música erudita a partitura foi o fio da meada ao desenvolvimento artístico dos compositores e instrumentistas, para a música popular os processos de gravação se tornaram fundamentos para a prática musical que antes transitavam pela oralidade.
Houve uma expansão da comunicação e da transposição de conhecimento. Uma dica substancial para os leitores é:
Se você é guitarrista, violonista, pianista, cavaquinista, acordeonista, para o processo de profissionalização você precisa saber se comportar em diferentes agrupamentos, gêneros e estilos quanto a harmonia.
Devemos ter uma especialidade quanto a um ou dois gêneros ou estilos – sem sombra de dúvidas, compreendendo como tocar quando há uma segunda harmonia, ou quando ocorre mais de uma linha melódica.
Como desenvolver essa expertise? A resposta é simples ouvindo música, transcrevendo e replicando – tocando de fato.
Se você toca um instrumento melódico, procure as práticas de naipe onde seu instrumento será parte de um contexto final. Melodias que convergem a um resultado harmônico.
Há clichês harmônicos para esses instrumentos no de funk, soul, samba-rock, de amplo valor e aprendizagem para o trombone, trompete e saxofone.
Como desenvolver?
Procure nos fonogramas os diferentes agrupamentos e estilos do seu instrumento, ouça e transcreva as partes, esteja ciente delas, porque muito do que tocamos na Música popular tem origem livre, mas está consolidado nas gravações.
Quando começamos a tocar participamos de arranjos coletivos e precisamos interagir com essas idéias musicais tradicionais.
Desse processo também procure extrair os timbres do seu instrumento de diferentes músicos e estilos. Isso vale para instrumentos exclusivamente melódicos e para os que também são capazes de tocar harmonia!
Escola de música
Na escola de música Souza Lima, em seu curso livre, são oferecidas diversas experiências de práticas de conjunto, onde o estudante é orientado para se situar nas diversas formas de comportar-se harmonicamente.
Na Faculdade Souza Lima também há uma grade substancial de experiências com esse perfil, onde os estudantes praticam a percepção e as práticas harmônicas voltadas ao acompanhamento e improvisação ao longo do programa Bacharelado em Instrumento.
Trata-se de uma ideia metodológica para profissionalização do estudante de música, que tem o Souza Lima como pioneiro no Brasil.
Não tem como investir nos estudos agora? A sugestão é simples, aprenda muitas músicas, lendo cifras, de ouvido, vendo outros músicos tocar. Muitas mesmo! Qual a importância do conhecimento harmônico para o músico? Das maiores ao instrumentista!
Lembre que tratamos nesse artigo do conhecimento harmônico voltado para a prática musical!
Vamos em frente. E quando puder?
#VemProSouzaLima
Publicado em 6 de fevereiro de 2018, ampliado e revisado em 08 de setembro de 2020.
