Qual livro utilizar para estudar história da música?

história da música
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Qual livro utilizar para estudar história da música é uma questão que parece fechada, e de resposta rápida. Ledo engano, pois precisamos esclarecer alguns pontos previamente.

Quão introduzido você está para a música?

Um livro de história da música trata da música escrita. Ou aquela que usualmente denominamos erudita. A priori música erudita é apenas a música que utiliza de recursos escritos para comunicação ou registro.

O livro de história da música então analisa fatos baseados ou que circundam o objeto partitura.

Estar introduzido nessa música é conhecer o repertório, ou parte dele com certo grau de liberdade. Ouvir e reconhecer estilos, gêneros, compositores… Se já estudou história da arte, auxilia no estudo da história da música.

Se você já chegou nesse estágio o melhor livro publicado em português é o “História da Música Ocidental” (Grout e Palisca). Completo. Mas de leitura complexa.

Particularmente aprecio também o livro “História Universal da Música” do autor Kurt Pahlen. Completo, mas de leitura corrida.

Outro estágio

Se o estágio de conhecimento estético em que se encontra é principiante, você sem dúvida precisa de um manual, um guia que o levará a primeira audição dos repertórios fundamentais da prática da música escrita na história ocidental.

As universidades brasileiras, em seus vestibulares, solicitam estudo do livro “Uma breve história da Música” do autor Roy Bennet. E com uma razão: o livro introduz até que bem o repertório e as informações primordiais para ingressar ao assunto história da música.

Há um problema grave!

O livro de Roy Bennet ignora a existência ou indício de qualquer música ocidental que não tenha nascido nos berços da música erudita europeia. Cita alguns europeus que não dividiram cena nesses centros, sim! Mas, quanto a música brasileira erudita, escrita, esqueça!

Roy Bennet ignora a importância de Heitor Villa-Lobos, Camargo-Guarnieri, Carlos Gomes…

Bennet desconhece a música do eixo americano pra ser justo, também não fala de Gershwin ou Astor Piazolla, mesmo sem citar sequer um compositor brasileiro, nem Carlos Gomes no século XIX como grande operista, e ainda menos Heitor Villa-Lobos, passa como livro introdutório.

Espero que os conheça! “Uma breve história da música” cumpre a função, mas sugiro assim que introduza o conhecimento prévio, fuja rapidamente para outro livro.

Fica essa orientação que faltava ao nosso blog!

#VemProSouzaLima

Publicado em 2018, revisado e ampliado em 29 de julho de 2020.

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