Quantos acordes de sétima existem?

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Quantos acordes de sétima existem?

Recentemente assisti um vídeo de um youtuber onde ele afirmava existir onze acordes com sétima ou de sétima.

A invenção da teoria musical contemporânea atrapalha a formação teórica dos jovens estudantes de música. O Youtuber ainda discutia com outro também Youtuber se eram dez ou onze acordes com sétima de fato.

Em observação teórica tradicional são quatro tríades – maior, menor, aumentada e diminuta.

Alguns falam de uma quinta tríade que possui terça maior e quinta diminuta. Eu particularmente não acredito na existência por considerar que uma tríade precisa existir de fato como tríade, não como parte de uma tétrade.

Se ela é parte de uma tétrade é uma extensão inserida em estrutura de acorde, ainda mais que a quinta justa é onipresente pelo fator da série harmônica.

Então uma tríade precisa ocorrer como tríade, antes de ser considerada nesta qualidade. O que não ocorre, evidentemente.

Cada tríade real, as quatro citadas acima – maior, menor, aumentada e diminuta, podem receber duas espécies de sétima. E entenda receber, não como colocar, já que estamos tratando da ocorrência das escalas. Montar grupos de nota é livre, mas manter como estrutura real é totalmente necessário estruturar-se em uma escala diatônica. Ou a seguir em modos que possam munir a tonalidade, por empréstimo.

A tríade maior recebe nas escalas diatônicas a sétima maior e a sétima menor, assim como a tríade menor e a aumentada. A tríade diminuta recebe nas escalas diatônicas a sétima menor e a sétima diminuta.

Oito espécies compostas de acordes com sétima, e há ainda uma nona tétrade então, composta através da suspensão do trítono – fundamental, quarta justa, quinta justa e sétima menor – que se deu por valores práticos na história da música.

São nove acordes de sétima, nada mais, segundo ess avisão.

Então?

Daí se fala que a sexta maior, quanto é trocada pela sétima, configura um novo tipo de sétima, impossível amigo, por que quebra o conjunto, um acorde precisa ter conjunto próprio. E é um ponto de vista, ou uma substituição de estruturas.

Veja só: dó mi sol si, dó maior com sétima maior. Trocando a sétima maior pela sexta maior, o conjunto fica dó mi sol lá, conjunto de lá menor com sétima menor e baixo em dó. Pelo ponto de vista do conjunto.

E não o que acorde tenha se tornado menor, uma estrutura de acorde pode ser observada por dois meios: 1| Contextualizada ou 2| Descontextualizada.

Contextualizada a substituição da nota si pela nota lá, conferindo o acorde de maior com sétima maior para maior com sexta, se deve por motivo melódico. Como em All of me, onde a melodia está na fundamental, e haveria um pequeno desconforto em utilizar uma tétrade com sétima maior.

Descontextualizado o conjunto, é menor com sétima menor, invertido, em primeira inversão.

#VemProSouzaLima

Essa visão, é a minha, Professor João Marcondes. Procure outras visões e siga seu caminho de felicidade encontrando o que prefere acreditar.

 

Pós Graduação
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João Marcondes é compositor, arranjador, produtor musical e um dos maiores educadores musicais do Brasil. Possui mais de cinquenta livros lançados, metodologias completas, e cursos aprovados no MEC e Secretaria da Educação. É gestor educacional e empreendedor. Tem mais de mil artigos publicados falando sobre música. E aqui, no Blog Souza Lima mais de dez milhões de leituras em seus textos.