Quem é o maior nome da música brasileira?

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Sem que se avalie por juízo de gosto, essa já é uma pergunta complicada de se responder. O maior nome da música brasileira é aquele que possui a obra mais relevante?

Será que é quem possui a obra mais reconhecida pelo povo brasileiro? Talvez aquele de maior destaque? Ou aquele que mais ecoou sua obra perante outros trabalhos artísticos?

Seguindo quais critérios estéticos vamos definir quem é o maior nome da música brasileira?

Primeiramente no Brasil colônia o principal nome da música brasileira foi o de Domingos Caldas Barbosa. Um compositor, nascido no Brasil que especializou-se em modas e modinhas obtendo êxito até em nível internacional – na capital do império lusitano.

Música Erudita

Para a música erudita, da ópera, o maior nome talvez possa ser Carlos Gomes que chegou a ser aclamado na Itália como o grande compositor do estilo operístico no século XIX.

Heitor Villa-Lobos pela resultante modernista, em uma obra repleta, também poderia ser considerado o principal nome da música brasileira. Compôs peças solo, sinfonias, canções, música de câmara… É considerado um dos maiores compositores do século XX da música erudita. Poderia também ser o nome do Brasil.

Quão grandes são para nós esses citados até agora? São imensos, embora meros desconhecidos para quase a totalidade dos brasileiros.

Poderíamos falar de Pixinguinha, exímio instrumentista, criador de uma linguagem fundamental ao fazer musical brasileiro. E grandioso compositor. E que ainda atuou de forma prestigiosa como arranjador. Eu particularmente considero Pixinguinha o patrono da música brasileira, o primeiro a realmente fazer de fato e apenas música brasileira.

Ao povo brasileiro, talvez pelo impulso da televisão, falariam de Roberto Carlos, intérprete romântico nos dias de hoje, e que foi um emblema da jovem guarda. Aí eu descordaria muito.

Em nível internacional com exemplos, figurações, regravações internacionais, traduções em diversos idiomas, premiações, presença no cinema em trilha sonora, publicações e estudos acadêmicos, ecoamentos sobre outros trabalhos artísticos, entre outros pontos, o maior nome da música brasileira sem dúvidas seria o de Antônio Carlos Jobim.

E se fosse João Gilberto? Alguns autores o consideram como único intérprete que mudou a história da música. Algo que parece relevante.

Fato é que Tom Jobim para o mundo é o maior nome da nossa música.

Sobram argumentos. E para todos muito justificáveis. Eu concordo com a análise.

Jobim foi um grande compositor. Suas melodias não tem o lirismo de Pixinguinha, mas representam a síntese complementar (provavelmente a que faltava) na história da música ocidental popular.

Jobim não possui a complexidade e variedade de Heitor Villa-Lobos, mas é como tal um exemplo preciso do que é o Brasil.

Claro, Jobim não possui a popularidade de Roberto Carlos, ao menos em nosso país. E sequer preocupou-se com isso. Cientes também estamos de que Roberto Carlos, não é ninguém fora do Brasil, a não ser em alguns países latinos.

A saída do maestro soberano aos EUA, a popularidade da bossa-nova no Brasil, e o antagonismo entre o que se canta e o que precisa ser cantado para o cotidiano da sociedade brasileira nos meios televisivos, justificam o desconhecimento desse ícone para a maioria dos brasileiros. Pobre Jobim?

Pobres são aqueles que ignoram ou que desconhecem para os olhos do mundo o maior compositor brasileiro. O maior nome? Viva a contraposição! Que por mais que seja fundamentado, apresentado aqui está apenas o meu ponto de vista.

Vale ser feliz e ouvir a música brasileira de ontem, de hoje, de sempre!

Artigo publicado em 2 de junho, que mereceu revisão e ampliação nesse 16 de julho de 2020.

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