Como escolher acordes para minha composição musical?
Bacana!
A harmonia como acompanhamento faz parte da terceira camada de percepção do ouvinte. Parece desimportante, correto? Mas bem, não é. Essa camada está consolida por definir a sensação obtida na apreciação musical. Esqueça você, estamos falando do ouvinte agora.
É verdade que a harmonia como acompanhamento se trata de uma sensação relativa principalmente por ser de experiência avaliativa dependendo totalmente da experiência estética de cada ouvinte.
Se está começando uma composição, e isso motivou sua pergunta aqui no BLOG, caro leitor, já evitaria responder sua questão da maneira que espera. Lembre-se que a melodia é imperativa e sobrevive a seguir da apreciação. O seu ouvinte vai cantar, vai relembrar, vai se emocionar pensando na melodia, a harmonia é uma experiência que o ouvinte não vai saber descrevê-la e muito menos repeti-la.
Então para que amarrar sua composição aos alicerces harmônicos? Trate de desenvolver uma excelente melodia, totalmente cantábile, lírica, profunda, que emocione, que seja memorável, e que se possuir letra encontre perfeita junção entre fonemas e notas. Pronto, falei!
Desculpa decepcionar o leitor que esperava compor a partir de uma solução harmônica milagrosa musicando a letra que tanto trabalhou. Sugiro que cante e faça soar música para depois definir uma harmonia perante estilo e gênero. Densidade harmônica faz parte da apreciação da obra, na maneira que será percebida, mas não é alicerce para criar. Fuja disso, é uma muleta quebrada.
E vale até lembrar alguns compositores que não tocavam um instrumento harmônico, e que muito admiro Adoniran Barbosa, Paulo Vanzolini e Batatinha, pra começar o papo. E fica assim!
Entendeu? Para que escolher acordes para uma composição musical? Para compor? Não! Amarra e trava!
#VemProSouzaLima
O curso para discutir esse assunto? Técnico em Processos Fonográficos ou o curso livre Composição: Letra e Música!
