Qual o campo harmônico de lá bemol maior?
Vamos começar cravando que o campo harmônico é uma bola moldável, que na medida que recebe acordes de outros lugares vai se deformando, ou melhor, trazendo atrativos musicais que ampliam o conceito de campo harmônico.
Oriundo da escala de lá maior são oito tétrades e sete tríades:
Ab Bbm Cm Db Eb Fm Gdim – tríades
Ab7M Bbm7 Cm7 Db7M Eb7 Eb7sus4 Fm7 Gø
Assim a bola moldável estará plena, redondinha em sua característica fundamental.
Dominantes secundários
Mas podemos incluir Dominantes secundários, o que sutilmente deformará o mais habitual! Dominante secundário, porque cada tonalidade possui seu dominante primário, presente no V grau.
O dominante secundário tem fundamentais diatônicas como característica. Mas sempre em sua estrutura a terça do acorde será uma nota ausente da escala original da tonalidade, veja só, aí está a deformidade.
Eb7 é dominante de Ab7M – dominante primário.
F7 é dominante secundário Bbm7 ou Bbm; G7 é dominante secundário de Cm7 ou Cm; Ab7 é dominante secundário de Db7M ou Db; Bb7 é dominante secundário de Eb7 ou Eb7sus; C7 que é dominante secundário de Fm7.
Repare que são 12 acordes com estrutura dominante, sendo que apenas seis trítonos, todos os dominantes foram utilizados. O VII grau repetiria um trítono para ter um dominante, mas como sua quinta é diminuta, acordes com tríade diminuta não possuem dominante.
Cada dominante desses pode ser substituído pelo acorde de igual trítono.
C#7 por G7; A7 por Eb7; B7 por F7; F#7 ou C7; D7 por Ab7, A7 por Eb7. E a bola vai se deformando aumentando o número de possibilidades.
Ainda podemos acrescer subdominantes menores associadas ao dominante secundário. E muito empréstimo modal. E haja deformidade porque o tom menor que é paralelo a toda escala maior, homônimo, utiliza três escalas. Lá bemol menor – primitiva, harmônica e melódica.
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Me escreve joao.marcondes@souzalima.com.br
