Harmonia tradicional, funcional, popular, o que difere cada uma?
Trata-se de como se observa e como se trata por símbolos uma estrutura harmônica. Então, estamos tratando aqui da perspectiva analítica do fazer musical que envolve harmonia. Fica claro assim o que difere.
A prática musical de fato apresenta a harmonia de duas maneiras: harmonia por polifonia – àquela que se desenvolve ou se percebe no encontro de diversas melodias; harmonia homofônica ou em bloco – onde se percebe através de uma estrutura independente um conjunto de notas acompanhando uma melodia.
Harmonia tradicicional, funcional ou popular são teorias analíticas do fazer musical. Não são práticas musicais – são nomenclaturas de organização gramatical.
Prática mesmo é harmonia por bloco ou harmonia por polifonia. E nada mais.
Harmonia tradicional extrai da polifonia dados do movimento harmônico, observando tonalidade, graus, e inversões dos acordes.
Harmonia funcional organiza as estruturas conforme função que exercem na escuta, entre sensações de repouso, de tensionamento, ou o meio termo delas – em funções tônica, subdominante e dominante – e uma série de outras nomenclaturas intermediárias.
Harmonia popular é uma prática interpretativa, que organiza cifras para representar estruturas de execução. Está relacionado a prática musical na ação de tocar, enquanto a tradicional e funcional estão para observação.
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