Quais as principais modulações de tonalidade no mercado fonográfico?
Primeiramente é preciso relembrar as texturas musicais – monofônica, polifônica e homofônica. A textura aqui se refere na maneira com que organizamos os elementos musicais da melodia e harmonia.
As texturas musicais se estendem de maneira fundamental com a forma em que organizamos as alturas – textura modal, textura tonal e textura atonal.
Tonalidade é uma sensação, e não uma questão gramatical.
Por tanto a música fonográfica quase que integralmente é diatônica, ou tonal. Mas há sem dúvida momentos de construções modais. A tonalidade é como uma esfera moldável, que na medida que os anos foram passando cada um foi moldando a seu gosto, e expandindo a tonalidade, até uma hora que ela se rompeu.
Justamente esse rompimento se deve as modulações e ao conceito de empréstimo modal, que já destaquei em outra publicação aqui no BLOG.
Por fim é válido ressaltar que o fenômeno da modulação justamente está no campo da textura DIATÔNICA – ou do que é TONAL. Modular significa mudar o centro tonal.
São elas:
1| MODULAÇÃO POR TONS VIZINHOS
Tom vizinho é um tom que possui 6 sons comuns e 1 som diferente. Dó maior são 7 sons naturais, fá maior é vizinho por possuir 6 sons naturais e 1 acidente; sol maior também é vizinho de dó maior por possui 6 sons naturais e um acidente.
Por exemplo: Dó maior vizinho de sol maior; sol maior vizinho de ré maior; ré maior vizinho de lá maior; lá maior vizinho de mi maior; mi maior vizinho de si maior; si maior vizinho de fá sustenido maior; fá sustenido maior vizinho de ré bemol maior; ré bemol maior vizinho de lá bemol maior; lá bemol maior vizinho de mi bemol maior; mi bemol maior vizinho de si bemol maior; si bemol maior vizinho de fá maior; fá maior vizinho de dó maior. Ciclo de quintas.
UM A ZERO – A dó maior; B sol maior; A dó maior; C fá maior; A dó maio.
2| MODULAÇÃO PARALELA
Quando modulamos o modo (maior ou menor) mantendo a tônica. Dó maior para dó menor ou de dó menor para dó maior; e quaisquer outras tônicas.
3| MODULAÇÃO RELATIVA
Das mais difíceis porque o conjunto de notas é muito parecido (dó maior para lá menor ou vice-versa); baseado no conceito de tom relativo.
4| MODULAÇÃO DIRETA
Te leva de um lugar ao outro, apenas com a posição de um acorde dominante. Isso não forma atonalismo, apenas gera na percepção um estado de atenção típica da densidade harmônica alta.
5| MODULAÇÃO POR ARRANJO
É o termo da produção fonográfica para o que conhecemos na música escrita como TRANSPOSIÇÃO REAL. O efeito em uma produção habitual é de crescimento imediato, a modulação de um trecho por completo, e sem preparação alguma.
Como na Love on top, da Beyonce!
(258) Beyoncé – Love On Top (Official Video) – YouTube
Quer mais exemplos? #VemProSouzaLima
No técnico em produção discutimos a importância da modulação como recurso fonográfico. E evidentemente na Faculdade Souza Lima isso é tema do estudo da harmonia.
